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    Seminário As Cidades e o Sagrado dos Povos Tradicionais:território,identidades e práticas culturais
  • O Seminário As Cidades e o Sagrado dos Povos Tradicionais: território, identidades e práticas culturais integra o projeto Jardins do Sagrado, cultivando insabas que curam. Aborda a discussão sobre a dificuldade das comunidades tradicionais indígenas e de terreiro no acesso às plantas utilizadas em suas práticas, tomando como baliza para esta discussão, a abordagem etnobotânica. Soma-se a esta abordagem, a reflexão sobre as questões relativas à dinâmica, às disputas e às identidades associadas à prática e vivência dos saberes tradicionais no meio urbano.

    Serão objetos de discussão do Seminário: como estabelecer mecanismos e instrumentos que salvaguardem as práticas culturais indígenas e de terreiro no meio urbano? Como promover o diálogo necessário entre os diversos grupos sociais que dão aos territórios sentidos e apropriações diversas? Como promover a confluência de saberes capazes de produzir novos conhecimentos e novas formas de conviver e compartilhar as áreas verdes da cidade? Com isso destaca-se não só a importância em si desses saberes, mas também a sua condição de memória a ser referenciada e incentivada como parte integrante da memória e da história de nossa população.

  • Dados Pessoais

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  • Informações Institucionais



  • PROGRAMAÇÃO

    21/11, Quinta-feira

    Centro Cultural da UFMG
    Av. Santos Dumont, 174 – Centro - Belo Horizonte

    9h à 9h30 - Abertura oficial

    9h30 à 10h30 - Mesa: Os povos tradicionais e o contexto urbano 
    Tema abrangente e orientador das discussões do seminário. Com esta mesa, pretende-se refletir sobre a dinâmica, as disputas e as identidades associadas à prática e vivência dos saberes tradicionais no meio urbano.

    10h30 à 12h - Vivência: Tradição que Alimenta

    Partilha de alimentos, dos saberes falados, tocados e cantados. Confluência entre os saberes e os sabores de povos de terreiro e indígenas, por meio de suas comidas tradicionais. Pretende-se afirmar o alimento como direito sagrado desses povos e visibilizar que seus costumes e modos de vida resistem à homogeneização das práticas produtivas e dos hábitos alimentares e à industrialização e empobrecimento da comida. Diariamente, esses povos, por meio de suas práticas culturais, alimentam o sagrado, o corpo e a alma e colaboram no combate à fome e na manutenção de territórios do bem viver. Será montada uma mesa, com comidas preparadas pela indígena Mayo Pataxó e pela Mameto Oiacibelecy (Mãe Rita), em um ambiente de interação com as/os participantes do seminário.

    14h à 17h - Mesa: As cidades, práticas dos sagrado e suas relações

    As práticas culturais indígenas e de terreiro tem no exercício do sagrado seu ponto central de estruturação. Este sagrado, por sua vez, encontra-se umbilicalmente vinculado com os elementos da natureza. Plantas, rios, mares, pedras, animais, terra, floresta, são elementos essenciais para os processos sagrados destes povos. Em meio urbano, o acesso a ambientes que ofertem, em certa medida, contato com estes elementos é mediado pelo estabelecimento de regramentos sociais e institucionais construídos de maneira apartada das particularidades do modo de vida destas comunidades. Refletir, portanto, sobre os problemas e possibilidades da prática do sagrado na cidade constitui o tema principal desta mesa.

     

    22/11, Sexta-feira 

    Centro Cultural da UFMG
    Av. Santos Dumont, 174 – Centro - Belo Horizonte

    9h à 12h - Mesa: Os saberes científicos, acadêmicos e tradicionais: confluências para construção de conhecimento

    No campo da política de patrimônio cultural, um dos desafios que se coloca é a implementação de medidas de salvaguarda. Construídas a partir da identificação dos processos estruturantes das práticas culturais e do diagnóstico das fragilidades internas e externas que as afetam, as medidas de salvaguarda devem ser construídas, via de regra, pelo entrecruzamento de campos distintos do conhecimento. Promover, divulgar, difundir, transmitir, fomentar constituem linhas de atuação para a salvaguarda que se efetivam a partir de uma abordagem intersetorial. Salvaguardar, no contexto da política de proteção ao patrimônio dito imaterial, exige uma articulação concatenada dos distintos saberes, dado que seu campo de atuação constitui produto que não é estático; ele se faz e se refaz no diálogo e nas interações sociais. 
    Partindo, então, da necessidade da confluência de conhecimentos para a implementação de medidas de salvaguardas eficazes, toma-se como referência temática desta mesa a discussão sobre as potencialidades e o relato de experiências de entrecruzamento dos saberes científicos, acadêmicos e tradicionais como fio condutor de processos de salvaguarda das práticas culturais indígenas e de terreiro.

    14h à 18h - Painel: Experiências de implantação e gestão de espaços de cultivo de plantas sagradas dos povos de tradição no Brasil

    Considerando que a escassez de áreas verdes compromete a manutenção dos modos de vida dos Povos Tradicionais, conhecer e divulgar experiências de acesso à natureza para práticas sagradas e de cultivo de plantas litúrgicas em plena cidade torna-se necessário. É objeto desta mesa refletir sobre as possibilidades e desafios do desenvolvimento, no meio urbano, de ações capazes de nutrir os modos de vida dos povos de tradição em suas relações com a natureza. Nesse contexto, cabe também refletir sobre os possíveis desdobramentos dessas experiências para a cidade, para além culto à ancestralidade.

     

    23/11, Sábado 

    Parque Lagoa do Nado – Centro de Referência da Cultura Popular e Tradicional
    Rua Ministro Hermenegildo de Barros, 904 – Itapoã / Belo Horizonte

    9h30 às 13h - Pisada de Caboclo

    A Pisada de Caboclo, manifestação cultural organizada pela Reunião Umbandista Mineira/RUM, que fortalece a confluência cultural e espiritual entre os povos de matriz africana e indígena, celebrando a ancestralidade desses povos, afirmando os laços de união, base da resistência dos povos tradicionais.

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